Ultima rodada do brasileiro,
aqui pelo sul não podia ter algo que não fosse o tão temido e conhecido
Gre-Nal. Na despedida do Olímpico (foco principal da mídia) o Internacional
acabou estragando a festa gremista. Sem gols e sem vitórias, o Grêmio
despediu-se do então estádio com grandes decepções. Uma partida de pouco futebol,
se resultou polemica e vergonhosa para o futebol rio-grandense. Brigas,
discussões, bate-boca, rojão na área técnica do Inter. De tudo teve, exceto futebol.
O Internacional não foi ofensivo, mas a defesa é o melhor ataque, quando se
joga com dez homens. Destino cravado ? Em um ano que Renan não teve espaço para
atuar em sua função de goleiro, no jogo mais importante, relacionado à
rivalidade do estado...foi ele! Foi ele
quem salvou o Colorado. Muriel, após fazer defesa fora da área, obteve punição
máxima, Renan entrou em cena, jogando em quarenta e cinco minutos o que não
jogou em um ano. Como se não bastasse o pouco futebol em campo, após Osmar Loss
simplesmente decidir que podia chutar a
bola para longe, os jogadores perderam a cabeça, resultando em um grande
tumulto entre técnicos, jogadores e árbitros. Além disso, algum torcedor
gremista acertou um rojão em um dos indivíduos do departamento técnico do
Inter.
Um domingo sem futebol no Rio Grande do Sul,
triste e decepcionante. Não somente para o Grêmio que encerra um ciclo importante
de sua história com uma cena ridicularizada por indisciplina, que se despede do
olímpico com um jogo tão vergonhoso, como também para o Internacional, onde
quem aceita uma briga perde junto com o adversário, a razão. A torcida se fez
presente, se fez torcedora, pagou o ingresso, torceu e cantou junto com seu time,
para ver um bom futebol, com uma rivalidade saudável, no entanto o que se viu, foi
uma marca de vergonha rotulada por jogadores que desacreditaram da partida,
devido á condições do campeonato. Colorados, gremistas, vermelhos ou azuis, o
torcedor estava lá para ver futebol,o
que justamente não se viu.
A rivalidade entre Inter e
Grêmio sempre foi, e sempre será, extremamente grande. As flautas, as piadinhas
que se inovam variando da criatividade, os telefonemas para tirar ‘sarro’ com o
amigo após a derrota, é algo para admirar... Até o momento em que futebol deixa
de ser jogado com os pés e passa a ser vergonha para qualquer torcedor.
Independe do clube, da torcida, do estado, acredito eu, que cada um de nós,
fanáticos e fies torcedores de nossos
clubes somos apaixonados, pelo futebol propriamente dito, pela história do
clube, pelos ídolos que se consagram em nações, pelos jogadores, e não por homens querendo se
fazer homens brigando em campo. De nada adianta vestir camisas antes das
partidas contra atitudes como estas, e
agir como tal.
Sejamos mais Inter. Sejam
mais Grêmio. Sejamos mais rivalidade, sejamos menos indisciplinados e acima
disso, sejamos Rio Grande do Sul, honrando e respeitando, seu time e o adversário.
Texto produzido por: Gabriela Holzschuh